Enquanto foram registrados 16 pronunciamentos racistas por autoridades públicas em 2019, esse número mais que dobrou e chegou a 42 casos em 2020. Já em 2021 foram registrados 36 discursos racistas proferidos por autoridades públicas das mais diferentes esferas do poder público (Municipal, Estadual e Federal).
Foram registrados 39 casos que reforçam estereótipos racistas. Este tipo de discurso é utilizado para inferiorizar e/ou degradar a dignidade de indivíduos ou grupos e são configurados como discursos de ódio racista.
Na análise 24 discursos negam a existencia do racismo no Brasil. Em um país onde há um genocídio contra o povo negro em curso, negar o racismo é de extrema gravidade.
Os cargos mais recorrentes na prática de discursos racistas são os de Direção e Assessoramento do Governo Federal (ministros, secretários e presidentes de autarquias). Desse número, 19 ocorrências foram proferidos pelo atual Presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo.
Pelo levantamento, somente 4 mulheres tiveram casos expostos pela mídia. Todos os registros de discursos racistas proferidos por autoridades mulheres aconteceram em 2020.
O vereador Jonathas Gomes de Azevedo (PROS-BA) foi a única autoridade pública responsabilizada por seu discurso. Na ocasião o parlamentar chamou um verador negro de “Canalha”, “Bandido”, “Imoral”, “Picareta” e “Desavergonhado.